A desgraça corre nas ruas...
As diferenças e os azares
dos que se conformaram
parecem deixar para trás
a revolta e a vergonha...
ai corre...o tempo passa.
o cheiro transpirado não o sinto
as lágrimas não lavam a minha alma
só pedem para voltar para o
meu canto
eu era um aparte...
ou não...
A desgraça corre no pensamento...
consciente e descrente,
esta gente ainda esboçava um sorriso,
mas o seu olhar estava abatido...
O fracasso...transformou-se
em trauma o perdão esqueceu-se
valorizou o relativo e
desfigurou o objectivo
tornou-o único no tempo...
Porquê...
porque quando caminho...
vejo sempre esta miséria...
as recordações não se lembram
e ainda me martirizam...
sufocam e empurram-me para o
canto o silencio cala-se
e eu falo sozinho da consequência
dos meus defeitos...
porque...
era imenso o pensamento...
o coração...porque queria
ver o que estava distante
tropeçava...
no que estava a minha beira...
era imaginação ela não corre
persegue...era outra realidade
criada...para todos e com todos...
era alguém...
mas era imenso...incrível
eram tantas as escolhas...
que eu com medo hesitava
sabia que não era o fim
mas sim a curiosidade de saber
qual era a acertada...
eu remoía no meu canto..
enquanto olhava para as ruas...
as minhas ruas
Lá diante quando lá chegasse
sabia que havia algo mais distante
e nada a parava... a desgraça...
a depressão...que só
um vicio tolerava...
Autor:
Tiago Campos
"As vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido." Fernando Pessoa
ResponderEliminarSe és tu neste lindo e triste poema,
Quero dizer-te,
Há que lutar, querer a mudança, renascer das cinzas e olhar em frente.
Traça o teu plano, não estás sozinho.
Vê mais além! Acredita.
Adoro-te,
Beijo
Inês