sábado, 30 de abril de 2011

A descrença

A descrença

Hoje tal como ontem
não me apercebi
desmotivado ou chateado
baixei a cabeça
quando passou…

Hoje repetiu-se
a par da distracção
do desespero...
deixei passar
tudo o que tinha para dar

Perdeu-se...

Era hoje...
e quando menos contava
deixei escapar o que mais esperava
e ela foi-se…
deixando a esperança irritada

As vezes não vejo
outras duvido que vejo…
perdeu-se a oportunidade…
e inoportunamente
ansioso, deixou-me…

No meu rosto...

Viu a ignorância e era o medo...
que me faz permanecer atento
que ao mesmo tempo...
me pára no momento,
invade o pensamento.

Esta incomodada, foge...
não gosta da hesitação
não...a verdade não transparece
desta insinuação
desta falta de coragem

deitei-te fora...
quando estava aquém de mim
desperdicei o que queria
quando minha alma tremeu
uma falsa fé viste...

erradamente do meu eu

deitei fora!
deitei-te num lixo
e custa depois
da fome passada...

consumir-me
constantemente
nisto...

Autor:
Tiago Campos

O ignorar

O ignorar

Cá vou eu…
sempre a andar
não vou parar
o que se atravessar
é para eu saltar

nada tenho para dar
não é contigo
não é o que tenho...
Eu vou ignorar
hoje morri...

Morri para o mundo
não tem compreensão
não escondo nada
porque não há justificação
porque não há razão,

para a depressão
para a desilusão
basta estar a chover
e tu sem querer
entendes que te odeio

devido algo que pensas
que escondo no meu ceio
e amuado não digo
que gosto nem odeio...

sem que amanha
recupere a imagem
que deixo de mim...
que também ignoro
em desprezo eu morro

e mesmo isso...

que para mim acontece
e o sentimento que prevalece
no pensamento do meu meio
em que estou que não aquece...
do meu meio…

simplesmente ignoro
e parto em rumo
do que transpareço
para a solidão...

com ódio e remorsos
tentados pelo
em meu coração.

Autor:
Tiago Campos

A raiva

A raiva

Não...
já não há espaço
para mais um surdo,
ou um mudo aflito...
não cresças dentro de mim

deixei o tempo,
passar a minha frente...
e controlado...
a resposta ficou por dar
ao meu ego aborrecido...

ficou por dizer...
a ultima palavra
que não se fez ouvir...
e uma posição
ficou por marcar

ferve em mim
em revolta...
quer lá voltar...
quer se virar e dizer...
o que tem para falar

porque...

eu quero esquecer,
esse pé que me pisou
a maneira de falar
a arrogância estúpida
e precipitada...

Estou irritado
deixei e ficou acumulado(a)
com vontade de vomitar
neste mundo tonto e desorientado...
quero paz...

estou cansado...
vivo a correr
não me apertes...
não me sufoques
deixa-me viver

não interessa...
o que faço hoje
o que amanha sou
não quero ser

aquilo, que querem
ou pensam que sou

Autor:
Tiago Campos

A declaração

A declaração

Pára, ouve
não posso mais
falar sem te ouvir
sentir-te sem te tocar

sorri, olha para mim
pára, pensa! o que se passa
estou fraco, cansado...
de pensar só em ti

e tu...

o que sentes?
não escondas,
diz a verdade,
o que pensas de mim?

o tempo passa
liberta-me!
diz me que sim
estou doido por ti

Quero beijar-te
quero levar-te
deixar a ansiedade
de desejar amar-te

Vem, apetece-te!
ninguém explica
isso, ninguém sabe
sente, quer e esquece...

entende...

a cumplicidade que vivemos?
a saudade e o desejo
que cresce sem receios...
e te deixa sem meios

a ti e a mim...
e nos faz suspirar
de embaraço
vem para mim...

Dedicado a MJ

Autor:
Tiago Campos