Indiferença ou Controlo
á volta...
nada de importante acontece
nada me diz respeito...
apesar...
de atento ao perigo e ao azar
eu transpareço ignorar
ouvindo vozes que me querem puxar
pensava,
perguntar a uma delas...
o que me queres levar?
não tenho nada para dar
nem nada para tu roubares
mas não...
tentei deixar de ouvir...
fosse o quê e qual fosse
era como se nada vale-se...
uma interacção sem interesse
mas o desconhecido é
desconfiado e a curiosidade
ansiosa....
e a coragem imóvel
sem vontade de agir
fingia ignorar o medo
e não bastava...
desprezar para magoar
era necessária uma revolta física
mas...
o sangue não escorreu
e a minha voz não se ouviu
sem luta eu vi-me perder um lugar...
distanciei-me...
adiei em mim a oportunidade
pensei...eu só comigo
será que não consigo
viver em paz...
sem essas vozes que ignoro
fingindo-me de surdo e mudo
não consigo viver do nada?
porque se criam em mim
fantasmas imaginados
que mal conheço...
porque tem de existir em
mim sempre uma realidade
perssentida de preconceitos?
era uma defesa sem ataque
era a tristeza que me levava
sem troféus sem nada
era a fuga a um problema
e a oportunidade de crescer
no enfrentar de um desafio
era um obstáculo ou um teste
a sorte ou o azar
não sei...
pelas duvidas...
dos sonhos pendentes
e dos chamamentos desprezados
e como um cão que puxa o dono
ate sentir o sufoco,
eu mudava o rumo de um sonho
preso a um medo ou desgosto
quando a minha trela alguém puxava...
Autor:
Tiago Campos
domingo, 27 de fevereiro de 2011
O desleixo dos seres
O desleixo dos seres
Vejo o desleixo dos seres
que com medo se afastam!
neste meu jardim
sem querer descobri...
sei o que ainda lá está
destapo a pedra
e o sardão acorda assustado
levanto a tampa e
um dos rato sai do esgoto
molhado...
debaixo de algo...
alguém está enfiado...
Por baixo, do vaso, as minhocas
se repelam agitadas
surpreso arrepio-me e largo-o
deixo-me levar pelo vento
que junta o lixo aos cantos...
o que todos largam,
o que não é de ninguém
é das moscas a sujidade
é das formigas o que cai
o que sobra e vai fora...
e sigo andando...
na estrada morre e seca,
ate a pele, o cão, o gato...
feliz a larva que o come
e ainda antes de um destino,
de o sonho e morte de algo
Um peregrino pensa melhor no caminho.
num melhor abrigo...
aonde se escondem essas feridas
como se esquece essas dores
e o que transpiramos por esse peso.
e nós o que nos consome...
o que nós comove...
andando e correndo, espreito
esconderijos das almas
transtornado pelos segredos
eu descubro, como os abrigos
que se escolhem condicionam
um futuro...
e assim corro com stress
como quem foge...
tiro o cigarro...´
fumo e limpo o olho
esquece quem foi
segue na multidão
e atira a beata
como uma má ideia
para o alçapão.
e molhado á chuva
choro, escondo essa razão.
esse amor essa recordação
eu como outro ou qualquer um
pensa em lavar-se
ao chegar a casa e fechar-se...
Que uma cheia arraste,
que os livre do empurrão
e da pressa social
que se mexe sem identidade
que leve os fracos...
os injustos!
que os faça cair de cansaço
nessas ruas da crise, fome
e fracasso em que todos
roubam liberdade e
o nosso espaço
Autor:
Tiago Campos
Vejo o desleixo dos seres
que com medo se afastam!
neste meu jardim
sem querer descobri...
sei o que ainda lá está
destapo a pedra
e o sardão acorda assustado
levanto a tampa e
um dos rato sai do esgoto
molhado...
debaixo de algo...
alguém está enfiado...
Por baixo, do vaso, as minhocas
se repelam agitadas
surpreso arrepio-me e largo-o
deixo-me levar pelo vento
que junta o lixo aos cantos...
o que todos largam,
o que não é de ninguém
é das moscas a sujidade
é das formigas o que cai
o que sobra e vai fora...
e sigo andando...
na estrada morre e seca,
ate a pele, o cão, o gato...
feliz a larva que o come
e ainda antes de um destino,
de o sonho e morte de algo
Um peregrino pensa melhor no caminho.
num melhor abrigo...
aonde se escondem essas feridas
como se esquece essas dores
e o que transpiramos por esse peso.
e nós o que nos consome...
o que nós comove...
andando e correndo, espreito
esconderijos das almas
transtornado pelos segredos
eu descubro, como os abrigos
que se escolhem condicionam
um futuro...
e assim corro com stress
como quem foge...
tiro o cigarro...´
fumo e limpo o olho
esquece quem foi
segue na multidão
e atira a beata
como uma má ideia
para o alçapão.
e molhado á chuva
choro, escondo essa razão.
esse amor essa recordação
eu como outro ou qualquer um
pensa em lavar-se
ao chegar a casa e fechar-se...
Que uma cheia arraste,
que os livre do empurrão
e da pressa social
que se mexe sem identidade
que leve os fracos...
os injustos!
que os faça cair de cansaço
nessas ruas da crise, fome
e fracasso em que todos
roubam liberdade e
o nosso espaço
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Tiago Campos
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