Indiferença ou Controlo
á volta...
nada de importante acontece
nada me diz respeito...
apesar...
de atento ao perigo e ao azar
eu transpareço ignorar
ouvindo vozes que me querem puxar
pensava,
perguntar a uma delas...
o que me queres levar?
não tenho nada para dar
nem nada para tu roubares
mas não...
tentei deixar de ouvir...
fosse o quê e qual fosse
era como se nada vale-se...
uma interacção sem interesse
mas o desconhecido é
desconfiado e a curiosidade
ansiosa....
e a coragem imóvel
sem vontade de agir
fingia ignorar o medo
e não bastava...
desprezar para magoar
era necessária uma revolta física
mas...
o sangue não escorreu
e a minha voz não se ouviu
sem luta eu vi-me perder um lugar...
distanciei-me...
adiei em mim a oportunidade
pensei...eu só comigo
será que não consigo
viver em paz...
sem essas vozes que ignoro
fingindo-me de surdo e mudo
não consigo viver do nada?
porque se criam em mim
fantasmas imaginados
que mal conheço...
porque tem de existir em
mim sempre uma realidade
perssentida de preconceitos?
era uma defesa sem ataque
era a tristeza que me levava
sem troféus sem nada
era a fuga a um problema
e a oportunidade de crescer
no enfrentar de um desafio
era um obstáculo ou um teste
a sorte ou o azar
não sei...
pelas duvidas...
dos sonhos pendentes
e dos chamamentos desprezados
e como um cão que puxa o dono
ate sentir o sufoco,
eu mudava o rumo de um sonho
preso a um medo ou desgosto
quando a minha trela alguém puxava...
Autor:
Tiago Campos
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